O que é reserva cognitiva

Cientistas observaram que existia uma diferença entre o grau de lesão cerebral ou patologia e seus sintomas clínicos e com isso foi criado o conceito de reserva cognitiva onde se presume a existência de diferenças individuais nos processos cognitivos ou nas redes neurais que afetam o desempenho em tarefas, ou seja, algumas pessoas são menos afetadas do que outras pela degeneração causada pela idade ou doença neurológica.

Essas diferenças são explicadas através de dois tipos de modelos de reserva: o passivo e o ativo.

No modelo passivo, a reserva se dá por meio de características anatômicas, como o tamanho do cérebro, o número de neurônios ou o número de sinapses, essa reserva é chamada de reserva cerebral. Tem relação com a quantidade de dano que o cérebro é capaz de suportar antes dos sintomas aparecerem e possibilitarem o diagnóstico.

Porém esse modelo se tornou-se insuficiente para explicar as diferenças, porque mesmo quando as pessoas tinham volumes cerebrais parecidos e danos neurológicos similares esses indivíduos tinham prejuízos diferentes.

Já no modelo ativo, essa diferença se dá devido o cérebro realizar um esforço para suprir os efeitos da lesão utilizando processos cognitivos preexistentes ou gerando processos compensatórios. Ou seja, mesmo que duas pessoas tenham a mesma reserva cerebral, quem tiver mais Reserva Cognitiva é capaz de tolerar melhor uma lesão, adiando o aparecimento clínico dos sintomas.